Sexo em frente à filha menor e violência doméstica são algumas das acusações que recaem sobre a ex-concorrente da Casa dos Segredos. O caso que corre em tribunal pela guarda da criança terá definições em breve, mas para já vale a determinação da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ): Maria, de 5 anos, fica ao cuidado do pai.
Isso vem bem explícito no documento ao qual a Move Notícias teve acesso. Andreia Leal “poderá estar com a criança quando quiser, desde que combine com o pai com antecedência e sem prejudicar as horas de descanso e as atividades escolares” da filha. Fica ainda determinado que Maria não pode pernoitar com a mãe. Tudo isto surge como consequência de uma denúncia anónima naquela instituição.
Sobre essa determinação, Andreia Leal fez recentemente uma declaração no Facebook em que se coloca no papel de vítima e chega mesmo a a ser ameaçadora: “Quem nos fez mal vai ser castigado.” À Move Notícias uma fonte próxima de todo este processo contou uma versão bem diferente dos acontecimentos, a mesma que terá levado a CPCJ a determinar que Maria ficaria à guarda do pai, Dário Oliveira, até janeiro de 2018.
“A Andreia nunca escondeu que é acompanhante de luxo. Aliás, diz isso com muito orgulho. O problema é que atende os clientes em frente à filha”, conta essa fonte, detalhando depois as acusações: “Foi a Maria quem contou isso. Contou ainda que, outras vezes, quando estava em casa da mãe, um T0 no Porto, enquanto atendia clientes a fechava na varanda. Ela fazia relatos pormenorizados e usava linguagem imprópria para uma criança da idade dela.” Tão imprópria que optámos por não reproduzir aqui.
Esse não foi o único motivo que levou Dário Oliveira a lutar pela guarda total da filha que tem em comum com Andreia Leal. “Ele também ficou alarmado por saber que, quando estava com a mãe, a Maria assistia a cenas de violência doméstica. Numa ocasião, o namorado bateu na Andreia e ela caiu embrulhada com a menina. O Dário chegou mesmo a confrontá-lo por causa disso e o Fábio (n.d.r.: nome do namorado de Andreia) garantiu que nunca tinha batido na Maria e pediu desculpa.”
Se toda esta versão dos acontecimentos tiver chegado ao assistente social que acompanha o caso e à psicóloga da confiança da juíza, que também falou em privado com a pequena Maria, então é bem provável que Andreia Leal venha a perder definitivamente a guarda da filha. No entanto, há ainda outros fatores que jogam contra a acompanhante de luxo.
Relação ocasional
“O Dário só esteve uma vez com a Andreia, foi numa situação, uma festa para a qual ela foi contratada como acompanhante. A Andreia nunca lhe contou que era o pai. Aliás, durante a gravidez, disse numa entrevista que não podia revelar a identidade do pai criança. Depois, entre os amigos comuns que eles têm na noite, começou a constar-se que o Dário seria o pai. Foi assim que ele soube”, revela ainda a mesma fonte.
No primeiro trimestre da vida de Maria, Dário fez o teste de paternidade e, quase três anos mais tarde, quando os resultados confirmaram que era o progenitor, contactou um advogado para assumir as responsabilidades inerentes. “Para ele parecia impossível, parecia-lhe um truque, porque só tinha estado com ela uma vez. Por isso fez questão de fazer os exames.”
Prontamente quis conhecer a filha e reivindicou os seus direitos, mas na altura viu ser-lhe negada a possibilidade de Maria pernoitar consigo, apesar de ter garantido a sua guarda partilhada. “Ele compreendeu e aceitou a decisão. Afinal, a Maria não o conhecia e o acordo era para protegê-la.”
“Nessa ocasião, o Dário falou com o Pedro Souto Castro, que é o pai do Salvador, filho mais velho da Andreia. Ele avisou-o logo que ia ter uma valente guerra. E confirma-se. O Dário está a passar pelo mesmo que o Pedro, mas o Pedro garantiu a guarda do filho ao fim de mais de dois anos de luta, quando a Andreia entrou para a Casa dos Segredos”, prossegue a fonte.
Primeiro contactos entre pai e filha
“No início a Maria chorava muito quando o pai a pegava ao colo, ela rejeitava a parte masculina. Mas a filha mais velha do Dário serviu de elo de ligação e ao fim de meio ano a Maria já lhe dava carinhos e beijinhos. Apresentaram-se perante o juiz novamente e já foi dada autorização para a filha pernoitar com ele.”
É nessa altura que Dário se começa a perceber do desleixe de Andreia em relação à filha. “Ela não tinha grandes cuidados com a higiene nem com a saúde da menina. Por exemplo, ela só tinha tomado uma vacina em toda a vida e aparecia com infecções nas partes íntimas”, conta-nos ainda a fonte.
Isso também levou a que Dário fosse mais interventivo, mas Andreia não lhe dava grande margem, pois “umas vezes desaparecia, noutras desligava o telemóvel e mudava de número. Tudo para não perder a filha para o pai”. No entanto, com o passar do tempo, isso começou a acontecer com naturalidade.
“A Maria agarrava-se às pernas dele a chorar, não queria ir para junto da mãe. Um dia disse ao Dário que, se a amava, tinha de a proteger, não a podia deixar voltar para a mãe.” Sensível ao pedido da filha, que revelava receio do ambiente que se vivia em casa de Andreia, Dário tomou a decisão de não a devolver.
É nessa altura, no último verão, que os dois são contactados pela CPCJ, mas só Dário atendeu à chamada e compareceu nos serviços, beneficiando dessa disponibilidade e interesse pelo bem-estar da filha para conseguir a sua guarda por quatro meses ou até nova ordem da juíza, a mesma que está a conduzir o caso e que vai decidir se Dário ficará ou não definitivamente com a guarda total de Maria.
Fotos: Redes Sociais de Andreia Leal