Num relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), um número crescente de gregos tem-se injetado com o vírus do HIV para poder reivindicar cerca de 700 euros em benefícios de saúde mensais.
Segundo dados do Centro Helénico para a Prevenção e Controlo de Doenças, conhecido como Keelpno, a taxa de infeção por VIH quase triplicou nos últimos 10 anos, passando de 3,9 casos em cada 100 mil pessoas, em 2003, para 10,9 em 2012.
O relatório constatou casos de infeção auto-infligidos pelo HIV na Grécia, onde a taxa de suicídio também disparou, e o acesso à saúde diminuiu, enquanto a população continua a lidar com uma economia profundamente perturbada.
“Estas tendências adversas na Grécia representam uma advertência para outros países a sofrer austeridade fiscal significativa, incluindo a Espanha, Irlanda e Itália”, lê-se no relatório.
“Sugere também que precisam de ser encontrados caminhos para os governos consolidaram as finanças sem prejudicar os muito necessários investimentos em saúde”, acrescenta a OMS.
Com as severas medidas de austeridade, que têm causado grandes protestos na Grécia, a economia do país encolheu e o desemprego subiu para 27%.
As taxas de homicídio e roubo proporcionalmente duplicaram, revela o relatório da OMS, acrescentando que a prostituição também aumentou, “provavelmente como resposta a dificuldades económicas”.