A propósito dos 15 anos de carreira que Carlos Gil comemora este ano, a Move Notícias foi ao seu atelier e tentou perceber como estão a correr os últimos retoques da coleção primavera/verão 2014.
Apesar dos seus 15 anos de carreira – celebrados este ano – e dos diversos eventos em que está habituado a participar, o nervosismo contínua a fazer parte dos momentos que antecedem os grandes acontecimentos, “um nervosismo que é bom que continue a existir, é a responsabilidade e a adrenalina a falar mais alto, ajuda-me a tentar fazer cada vez melhor”, confessa.
A antevisão do que se vai usar nas próximas estações começa no seu atelier, no Fundão, onde vive desde os 7 anos de idade. Segue-se o Portugal Fashion, a verdadeira montra para as suas inspirações mais ou menos coloridas, umas vezes onduladas, outras drapeadas ou plissadas, conforme as modas. Depois, as peças que foram construídas com tanto empenho e perfecionismo passam a ser de todos e vai-lhes perdendo o rasto nas mulheres elegantes que vestem Carlos Gil pelo mundo fora. Mas, para já, está tudo no segredo dos deuses à espera de ser desvendado em outubro, na cidade invicta.
Agora, o tempo é marcado por um ritmo frenético, onde, além das clientes habituais que gosta de atender atenciosamente, existe a preocupação de por em prática o que desenhou no croqui. Todos lhe conhecem a exigência com que se rege e ele admite, quando confessa que “a exigência parte logo das minhas clientes a quem tenho que apresentar um trabalho perfeito, depois naturalmente sou exigente com todos os que trabalham comigo e principalmente comigo próprio”. A marca promete surpreender, com a inspiração que o criador vai buscar “a tudo o que me rodeia, principalmente nas minhas viagens” explica, enquanto no atleier se amontoam tecidos, cores e conversas. Cada colaborador sabe exatamente o que lhe compete fazer, está tudo “alinhavado”, mas os nervos, esses, fazem parte de todo o processo, e o segredo, continua a ser a alma do negócio.
