Ao que parece, sintomas como dores de cabeças e até doenças cancerígenas – que, de acordo com investigações clínicas, podem ter origem na exposição excessiva às radiações emitidas pelos telemóveis – não influenciam as escolhas dos portugueses no que toca ao local onde habitualmente guardam este dispositivo. Esta é uma das conclusões de um inquérito levado a cabo pelo IPAM – The Marketing School. O trabalho mostra que sete em cada dez homens (69,8 por cento) guardam o telemóvel no bolso das calças – ignorando alertas que dão conta que a colocação do telefone neste local reduz a quantidade e a qualidade de esperma –, enquanto que a maioria das mulheres (81,6 por cento) optam por transportá-lo na mala.
O inquérito revela que, para os portugueses, a escolha do local onde é guardado o telemóvel é, primordialmente, ditada pela facilidade no acesso ao dispositivo. 95 por cento dos homens e 99 por cento das mulheres consideram este fator “importante” ou mesmo “muito importante”. Os resultados do inquérito demonstram, também, que os portugueses preocupam-se mais com a proteção do telefone do que com as eventuais implicações para a saúde provocadas pelo aparelho – apenas classificada como “importante” ou “muito importante” por 60 por cento das mulheres e 54 por cento dos homens inquiridos.
Apesar dos inúmeros alertas sobre os efeitos negativos das radiações electromagnéticas de baixa intensidade emitidas pelos telemóveis, neste inquérito do IPAM este fator surge apenas em quarto lugar no quadro de aspetos a ter em conta na escolha do lugar onde guardar o telemóvel. O inquérito foi realizado através da Internet e envolveu 334 respondentes com mais de 15 anos, de ambos os sexos, residentes em Portugal. A recolha de dados decorreu entre 23 de julho e 31 de julho de 2013.