Sónia Brazão foi esta sexta-feira, dia 22, condenada a três anos de prisão com pena suspensa, em regime de prova, devido à libertação de gases asfixiantes por conduta negligente com intenção de se suicidar aquando da explosão do seu apartamento, avança a agência “Lusa”.
Na leitura da sentença, sugere-se — como uma forma de aplicar o regime de prova – que, se a atriz consentir, tenha acompanhamento psicológico pelo período de pena a que foi condenada.
Para a juíza do Tribunal de Oeiras, ficou provado que em 2011 a actriz “decidiu pôr fim à sua vida por inalação de gás e ligou os bicos do fogão”, mas não se provou que tenha agido com a consciência de que isso poderia causar danos a terceiros. “Apesar de haver horizonte de trabalho, não havia nada concreto e portanto esse não é um factor para argumentar que a actriz não se queria suicidar. O cansaço de todas as deslocações, a dificuldade em dormir e a frustração de não desenvolver uma actividade estimulante levou a arguida a pensar que o suicídio resolveria todos os seus problemas. Acredita-se que foi essa decisão que tomou ao ligar os bicos do fogão”, defendeu.
A juíza considerou ainda que “apenas por mera causalidade ninguém ficou gravemente ferido”.
A 3 de junho de 2011, uma explosão ocorrida na casa da atriz, em Algés, causou dois feridos e provocou estragos em dezenas de viaturas e várias casas vizinhas.