Cientistas do Reino Unido e da Holanda descobriram que os efeitos de uma bebedeira duram mais que a concentração de álcool no sangue, sendo tão perigoso conduzir embriagado como conduzir de ressaca.
Numa pesquisa realizada na Universidade West of England, os participantes que tinham bebido na noite anterior passaram por um teste num simulador de automóvel durante 20 minutos, apresentando aumentos significativos nas variações de velocidade, tempo de reação, erros e desvios.
Para o professor Chris Alford, que liderou o estudo, as campanhas de segurança deveriam alertar também para os riscos de se conduzir sob o efeito de uma ressaca.
Num estudo maior e complementar, feito na Universidade de Utrecht, na Holanda, 47 voluntários saudáveis passaram por um teste que simulava uma autoestrada durante uma hora, após terem consumido, na noite anterior, cerca de dez doses de bebida alcoólica.
Em comparação com os mesmos testes, feitos depois de uma noite sem consumo de álcool, os resultados mostraram que a ressaca aumenta significativamente o número de lapsos de atenção e de desvios na pista.
Os testes foram realizados depois que a concentração de álcool no sangue dos participantes havia regressado a zero. Mas o seu nível de descuido, segundo os pesquisadores, foi semelhante ao verificado quando estavam acima do limite de álcool no sangue permitido.