Uma nova cartilha publicada no “The Journal of the American Medical Association” sugere que as pessoas devem reduzir a quantidade de medicamentos para controlar a pressão alta.
Segundo as novas diretrizes, que levaram cinco anos a ser elaboradas, pessoas com mais de 60 anos podem atingir 15 como limite de pressão sistólica (máxima), antes de iniciar um tratamento para reduzi-la. O limite para a diastólica (mínima) permanece 9. Nos últimos trinta anos, médicos preconizam como saudável uma pressão arterial inferior a 14 por 9.
A pressão sistólica mede a força que o coração imprime sobre a parede das artérias. Já a diastólica calcula o momento em que o órgão relaxa e se enche de sangue.
A hipertensão é uma doença que pode causar ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, insuficiência renal e morte, se não for tratada adequadamente. “Esse estudo baseou-se em evidências para recomendar limites rigorosos de tratamento, metas e medicamentos para hipertensão em adultos”, informa o artigo, elaborado por dezassete especialistas.
Segundo Paul James, coautor da cartilha e chefe do departamento de medicina familiar da Faculdade de Medicina Carver, da Universidade de Iowa, nos EUA, estudos clínicos mostraram que critérios mais rígidos não se revertiam em vantagens para os pacientes. “Nós realmente não pudemos ver benefícios em reduzir a pressão para menos de 15 em pessoas acima de 60 anos. Ficou muito claro que 15 era o melhor número”, afirmou.