As grandes empresas de perfumes europeias deverão reformular a composição das suas fragâncias, no sentido de ajudar na luta contra as alergias cutâneas, que afetam 15 milhões de europeis, anunciou a Comissão Europeia.
Com base numa revisão de dados científicos, o executivo europeu visa proibir três ingredientes altamente alergénicos, o sintético HICC e duas essências naturais extraídas de musgos, usadas em perfumes como Chanel Nº 5.
Estes compostos estão relacionados com milhares de casos de reacções alérgicas, especialmente eczemas. As perfumarias também deverão limitar a concentração de 12 outros ingredientes, tais como rosa e limão, e serão obrigadas a indicar no rótulo a presença de 106 compostos capazes de provocar uma reacção alérgica.
“Não apontamos nenhum perfume em particular, não é uma questão de proibir o Chanel Nº 5”, indicou o comissário de Política do Consumidor, Neven Mimica. Se a UE aprovar a proposta da Comissão, a composição de alguns perfumes, incluindo clássicos da indústria, terão de “reformular” as suas composições até 2015, acrescentou.
Segundo Mimica, uma vez aprovadas estas medidas, as empresas terão um período de dois a cinco anos de adaptação.