A exposição de Felipe Oliveira Baptista no Museu do Design e da Moda (MUDE), em Lisboa, vai ser prolongada até 30 de março, depois de ter recebido 60 mil visitantes, avança a agência “Lusa”
Intitulada “Felipe Oliveira Baptista”, a exposição foi inaugurada em 17 de outubro de 2013 e acolhe 12 instalações, na maioria inéditas – apenas uma delas já foi apresentada de abril a maio do ano passado no Centro de Arte da Villa Noailles, em França.
De acordo com fonte do MUDE, esta exposição, cujo encerramento estava previsto para 16 de fevereiro, foi a mais visitada até hoje desde a inauguração do museu. A segunda mais visitada, que esteve muito perto das 60 mil entradas, foi uma mostra dedicada a “scooters” antigas, patente em 2010.
A exposição antológica de Felipe Oliveira Baptista mostra 130 peças de moda apresentadas num cenário transformado em jogo de espelhos no museu. As peças foram integradas em núcleos temáticos e dispostas de forma sensorial, com espelhos, música e ecrãs construídos num cenário que cria múltiplas perspetivas para o visitante.
O estilista português, de 38 anos, formado em design de moda na Kingston University, em Londres, ficou mais conhecido do público há três anos, quando foi convidado para diretor criativo da marca Lacoste.
Esta é a primeira mostra individual de Felipe Oliveira Baptista, convidado a mostrar o seu trabalho de uma década pela diretora do MUDE, Bárbara Coutinho, que decidiu apresentar esta antológica devido “ao talento, consistência e qualidade” do estilista.
No centro dos núcleos encontra-se o “Espelho da Mente”, uma “ilha” com 80 ecrãs de vários tamanhos, onde são passadas em permanência imagens de desfiles das coleções do designer, de revistas com artigos sobre o seu trabalho e das várias influências que tem recebido, desde a área da fotografia, arquitetura, artes plásticas, dança e da música.
Para a exposição, colaboraram três museus de Lisboa, fornecendo peças que foram incluídas no percurso: três capotes tradicionais portugueses vieram do Museu Nacional do Traje e do Museu Nacional de Etnologia, e o Museu Nacional de História Natural e da Ciência cedeu um esqueleto de um golfinho fêmea, descoberto em Troia.
De acordo com o MUDE, na próxima semana será lançado o catálogo desta mostra, ilustrado com as criações do estilista.
Fotos: D.R.