Segundo um estudo publicado na revista científica “Science Translational Medicine”, uma vacina pode evitar que células pré-cancerígenas se transformem em tumores do colo uterino. Os resultados ainda são preliminares – apenas 12 mulheres com lesões cervicais ligadas ao vírus HPV foram testadas.
O tratamento potencializou a ação do sistema imunológico contra as células pré-cancerígenas presentes na lesão cervical. As mulheres receberam três injeções da vacina no braço durante oito semanas.
Leonel Maldonado, um dos investigadores do estudo e professor do Johns Hopkins Medical Institutions, afirma que o tratamento acelera a reação dos linfócitos T, que combatem a reprodução desordenada de células.
Após a administração da vacina, os cientistas compararam as respostas autoimunes. Foi observado que as células T se manifestaram em níveis antes não vistos. Espera-se que, com isso, as respostas imunes geradas pela vacina tenham o potencial de induzir a regressão completa da lesão cervical.
No futuro, a expectativa é que essas vacinas evitem as cirurgias para a retirada de lesões do colo do útero. Atualmente, parte do colo é removida, o que pode causar infertilidade e partos prematuros.