Há um ano a vida de Bruno Conceição mudou radicalmente, quando descobriu que tinha um mieloma múltiplo. O atleta precisa agora de um dador compatível de medula óssea e acredita que “é uma questão de tempo” até superar a doença.
O guarda-redes sofreu uma queda durante um treino do Trofense e nem desconfiava o que os médicos iriam encontrar quando foi transportado para o hospital. “Quando caí tive muitas dores na perna direita e já não consegui andar”, contou à Move Notícias. Depois de os médicos terem retirado um quisto na perna e ter sido feita a biópsia, descobriu-se a doença. “Nunca tive sintomas, um mês antes da queda sentia algumas dores musculares, mas nada que fosse motivo de alarme”, acrescentou.
Depois de três meses a ser submetido a exames, Bruno Conceição, de 32 anos, começou a fazer tratamento de radioterapia no IPO do Porto e um mês depois foram congeladas as suas células para ser realizado um autotransplante. “Depois disso passei a pior parte da doença, porque tive que ficar dois meses isolado, passei três semanas internado num quarto isolado e recebia poucas visitas. Quando recebi alta e vim para casa tive que continuar a ter cuidados. É uma saturação enorme estar num espaço limitado”, revelou.
Atualmente, Bruno Conceição já consegue quase fazer uma vida normal, mas continua a ser obrigado a ter muito cuidado: “Com a quimioterapia que fiz fiquei sem vacinas e agora não posso ser vacinado, enquanto não terminar os tratamentos”.
O guarda-redes confessou, ainda, que os primeiros meses após ter descoberto a doença “foram muito complicados” emocionalmente, mas a determinada altura percebeu que “não estava a tomar a atitude certa”. Agora, diz estar “mais positivo e mais forte para ir à luta”. Durante a maior parte do tempo a sua condição de saúde foi mantida quase em segredo, mas com a necessidade de encontrar um dador compatível decidiu contar a sua história. “Nunca me quis expor e nunca pensei que fosse receber o apoio de tanta gente” referiu. Bruno Conceição acredita que vai encontrar um dador: “Acredito que vou encontrar um dador, é uma questão de tempo”.
No dia 18 de março vai decorrer entre as 9h00 e as 12h30 horas nos bombeiros voluntários de São João da Madeira uma recolha de sangue. Entretanto, o Instituto do Sangue também já disponibilizou as condições para se organizar outra recolha no dia 31 de março, porém ainda falta definir o espaço.
