O Dia Mundial do Teatro é celebrado com várias iniciativas, entre estreias de peças, apresentações de livros e inaugurações de exposições, mas nem todas as companhias teatrais abrem portas gratuitamente.
No Teatro Tivoli-BBVA, em Lisboa, está em cena “As Obras Completas de William Shakespeare em 97 Minutos”, com encenação de Juvenal Garcês, com os preços reduzidos para 10 euros, preço especial que a produtora UAU fixou para as quintas-feiras.
O Teatro Politeama abre portas “a preços reduzidos” também, para se assistir à “Grande Revista à Portuguesa”, de Filipe La Feria. “Dado que somos uma companhia privada com uma folha salarial de mais de 60 trabalhadores e, em cada bilhete, entregamos sete euros ao Estado, em Segurança Social e Finanças, o máximo que vamos praticar, no Dia Mundial do Teatro, é o preço único de 15 euros por bilhete, mediante a disponibilidade de sala”, disse à “Lusa” fonte da produção.
Os Artistas Unidos, que apresentam no Teatro da Politécnica, também em Lisboa, “A Modéstia”, de Rafael Spregelburd, com encenação de Amândio Pinheiro, têm entrada livre, reservando antecipadamente o lugar.
Próximo deste teatro, no antigo Picadeiro Real, é inaugurada a exposição “Revista ao Parque”, que é constituída por mais de mil peças relacionadas com a prática teatral no Parque Mayer.
O Teatro Aberto, em Lisboa, tem a peça “Vénus de Vison”, de David Ives, com encenação de Marta Dias.
A companhia A Cornucópia não assinala a data com iniciativas públicas, porque não tem qualquer peça em cartaz, disse à Lusa fonte do grupo teatral de Luís Miguel Cintra.
No Jardim de Inverno do Teatro S. Luiz, em Lisboa, é apresentado, às 18:30, o livro “Manual de Teatro”, pelo ator e encenador Antonino Solmer, que coordena a obra, e pelo diretor artístico do teatro, José Luís Ferreira.
O Teatro Experimental de Cascais (TEC) estreia “Ictus”, de Miguel Graça, com encenação de Carlos Avilez, com um elenco constituído por, entre outros, Teresa Côrte-Real, Sérgio Silva, Fernando Luís, Pedro Caeiro, Tobias Monteiro, Raquel Oliveira e David Esteves.
Em comunicado o TEC afirma que “o texto de ‘Ictus’ é uma reflexão metafórica sobre o tempo em que vivemos e o papel do indivíduo numa sociedade paradoxalmente fragmentada, no sentido em que nos distanciamos cada vez mais do Outro, e totalitária, na medida em que a globalização trouxe também uma massificação do pensamento e da acção”.