O norte-americano Glenn Ford foi libertado na terça-feira, dia 11, depois de quase três décadas no corredor da morte, nos EUA, por um crime que não cometeu.
A justiça da Luisiana recebeu informações que provam a inocência do homem, condenado à morte pelo assassinato de um relojoeiro, de quem foi jardineiro.
Glenn Ford clamou sempre a sua inocência. Agora, com 64 anos, não esconde uma certa amargura: “Estive preso quase 30 anos, por algo que não fiz. Não posso voltar atrás para fazer nada! Era aos 35, aos 38 aos 40 anos que eu devia ter podido fazer coisas! Os meus filhos eram bebés, quando fui detido. Hoje, estão crescidos; são homens com bebés.”
“É um dia maravilhoso”, diz Gary Clements, o advogado de Ford, que acrescenta: “Preparámos isto durante décadas, literalmente. Esperemos que seja o primeiro dia de uma nova vida para Glenn”.
Quando o jornalista pergunta a Glenn Ford “qual é a primeira coisa que vai fazer?”, este responde: “Comer qualquer coisa!”
O afro-americano foi condenado em 1984 por um tribunal da Luisiana, com um júri composto apenas por pessoas brancas. A Amnistia Internacional fala de uma eventual discriminação racial.