Aos nove meses, Josh Hardy foi diagnosticado com um grave cancro renal que com o passar dos anos, se espalhou e atingiu o pulmão e a medula óssea. Com a imunidade baixa, contraiu, em fevereiro deste ano, um vírus do tipo Adenovirus. Agora, aos sete anos, está internado um hospital infantil de Memphis, no Tennesse, a fazer testes com um medicamento que lhe pode salvar a vida.
A preocupação vivida pelos seus familiares parece ter chegado ao fim, após uma campanha nas redes sociais para convencer a empresa farmacêutica Chimerix, a ceder um medicamento à criança.
Os médicos afirmavam que a única possibilidade de salvar Josh era a aplicação da solução oral do medicamento brincidofovir. A fórmula já havia sido desenvolvida pela Chimerix, mas ainda estava numa fase experimental. Pela legislação americana, a empresa farmacêutica poderia ceder o remédio à criança, já que ela se encontrava num estado muito grave e já tinha tentado vários tratamentos. Contudo, a empresa negava-se a entregar o medicamento à família. “Se dermos o remédio a Josh, teremos de entregar também a todos os outros doentes que já nos fizeram o pedido antes. O ‘sim’ ou ‘não’ deve ser igual para todos”, afirmou na quarta-feira (12) à rede americana CNN o presidente da companhia, Kenneth Moch. Entregar o remédio custaria à Chimerix cerca de 36 mil euros (por paciente) e atrapalharia a fase de testes, retardando também a entrada do medicamento no mercado.
Para tentar convencer a empresa, a família do menino expôs o seu drama e iniciou uma campanha no Facebook, com o nome “Save Josh”. A comoção foi de tal forma que internautas de todo o mundo começaram a pedir à empresa que voltasse atrás.
Resultou. Num comunicado, a Chimerix afirmou que entregará o remédio à família nas próximas 48 horas. A boa notícia foi divulgada pela mãe de Josh, Aimee Hardy, na página da campanha no Facebook. “Glória a Deus! Eles vão liberar o remédio para Josh”. Josh Hardy será a primeira pessoa no mundo a usar o brincidofovir para o tratamento.
A empresa afirmou em comunicado que não garante a eficácia do medicamento. Apesar da gravidade do caso, os médicos estão esperançosos.
Pais de Josh assistem ao momento em que lhe é induzido o medicamento
