O jornalista, de 36 anos, é um dos rostos dos conteúdos do FC Porto no Porto Canal. Tiago Girão, que apresenta o “Flash Porto” e o “45 minutos à Porto”, diz ter seguido jornalismo “por acaso” e depois de 14 anos a viver em Lisboa, onde trabalhou na Eurosport e na SIC, abraçou o projeto da estação de televisão do Norte. “Desde o início a minha prioridade foi fazer televisão, mas tive a oportunidade de experimentar tudo”, contou à Move Notícias.
Como tinha sido atleta de alta competição em natação, tendo representado os azuis e brancos, ficou-lhe o gosto pelo desporto e confessa que sempre foi a área pela qual quis enveredar. A primeira oportunidade no pequeno ecrã surge na Eurosport, onde começou como comentador de natação: “Foi uma experiência muito importante para mim, porque ganhei traquejo. Além disso, era um canal muito específico, porque nós não aparecemos só damos a nossa voz e tinha que estar no ar quatro horas em direto”.
Em 2003, quando Portugal se preparava para receber o Euro2004 e nas vésperas dos Jogos Olímpicos, Tiago Girão integrou a equipa da SIC. “Comecei por fazer apenas desporto, mas houve uma altura em que tive que fazer um bocadinho de tudo”, revelou. Apesar de ter gostado da “possibilidade de diversificar”, o jornalista defende que cada profissional deve ter uma especialização: “O que é curioso é que acho que as pessoas que fazem desporto têm capacidade para fazer outras coisas, ao contrário já não é bem assim. Por isso, rapidamente me adaptei e do ponto de vista profissional foi muito positivo”.
O convite para trabalhar no Porto Canal, surge numa altura em que Tiago se sentia “estagnado” na estação de Carnaxide e, por outro lado, sentia vontade de regressar à terra-natal: “A SIC foi uma escola para mim, mas sentia necessidade de um novo desafio e também já tinha pensado regressar ao Porto para estar mais próximo da família”. O jornalista diz que não foi o dinheiro que o moveu, garantindo até que “ganhava mais em Lisboa”, mas porque acredita que “o Porto Canal é um projeto diferenciador”.
Tiago Girão assume sem receio ser adepto do FC Porto e garante que a preferência clubista não interfere com o seu trabalho: “Todos os órgãos de informação tem as suas linhas editoriais, nós temos a nossa, isso não nos impede de fazer o nosso trabalho de forma correta. A diferença é que assumimos aquilo que somos”. Porém, assume que há alturas em que é mais difícil manter a imparcialidade. “Como é normal às vezes o lado emocional vem ao de cima, mas consegue-se manter a postura. Apesar de tratarmos dos conteúdos do FC Porto temos uma postura sóbria e acima de tudo somos profissionais”, finaliza.