Análises de ressonância magnética mostraram um aumento nas conexões cerebrais dos participantes após consumirem o extrato da bebida.
Pesquisadores suíços encontraram evidências de mais do que um efeito benéfico para a saúde proporcionado pelo chá verde. Descobriram que a bebida pode ajudar a melhorar funções cognitivas, principalmente a memória de curto prazo. Os resultados sugerem que uma aplicação clínica pode ser possível no tratamento de doenças que afetam a cognição, como a demência. O artigo foi publicado na edição de março no Psychopharmacology.
Os principais componentes do chá verde já foram estudados em pesquisas sobre cancro, mas recentemente cientistas têm procurado entender o seu impacto sobre o cérebro.
No novo estudo, os pesquisadores descobriram que o extrato de chá verde aumenta a conectividade do cérebro, ou seja, a influência que uma área do cérebro é capaz de exercer sobre a outra. Esse efeito produz uma melhora na cognição: as pessoas que foram testadas no estudo saíram-se melhor na realização de tarefas relacionadas à memória de curto prazo após ingerir o extrato do chá.
Análises feitas com ressonância magnética nos participantes durante a resolução dos testes mostraram que a conectividade era maior entre o córtex parietal e frontal do cérebro.
“Os nossos resultados sugerem que o chá verde pode aumentar a plasticidade cerebral (capacidade que o cérebro tem em se remodelar em função das experiências do sujeito)”, afirma Stefan Borgwardt, professor de psiquiatria e um dos autores do estudo.