Na noite de segunda-feira, dia 28, Nelson Évora usou a sua página no Facebook para denunciar um caso de racismo de que terá sido vítima na discoteca Urban Beach. A discoteca nega, mas Francis Obikwelu, que estava com Évora nessa noite, confirma o sucedido.
Tudo terá acontecido a 19 de abril: Urban Beach terá negado entrada a Nelson Évora e amigos que com ele se encontravam, por haver “demasiados pretos no grupo”. A discoteca desmentiu entretanto o sucedido. No entanto, o velocista Francis Obikwelu vem reafirmar a história de Nelson Évora. “Fomos vítimas de racismo”, admitiu a um jornal diário.
São já dois os medalhados olímpicos por Portugal que contam a mesma versão dos acontecimentos. “Éramos um grupo de 16 pessoas com mesas pré-reservadas e não é que somos surpreendidos pelos responsáveis daquele espaço público. Porquê? Demasiados pretos no grupo”, contou Nelson Évora na sua página de Facebook.
Cerca de duas horas depois de Nelson Évora tornar público o que alegadamente se passou à porta da discoteca, o presidente do conselho de administração do grupo K deixou uma mensagem no Facebook do atleta, dizendo-se surpreendido com as acusações feitas. Na página oficial do grupo a administração publicou, ainda, um comunicado relativo ao caso, garantindo que “não dá instruções no sentido de excluir seja quem for, por questões de natureza racial, étnica, política, religiosa ou outra”.
Paulo Dâmaso, um dos responsáveis da discoteca, afirma que o porteiro não terá permitido entrada ao grupo porque “havia uma ou duas pessoas” que não correspondiam ao ‘dress code’ exigido.
