Portugal está entre os países mencionados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) devido ao diagnóstico recente de casos de dengue. A agência alertou esta quinta-feira, dia 3, que mais de 1 milhão de pessoas morrem todos os anos de doenças transmitidas por insetos e o número de pessoas infectadas supera mil milhões.
A China e os Estados Unidos também foram citados entre as 100 nações onde a doença foi detetada nas últimas duas décadas, e o Brasil está entre os países com mais 2,5 mil milhões de pessoas sob risco de contrair a doença.
A OMS destaca que nas últimas duas décadas, muitas doenças transmitidas por insectos voltaram a surgir e espalharam-se pelo mundo inteiro.
No âmbito do Dia Mundial da Saúde, a 7 de abril, a OMS pede aos países renovem o compromisso de aumento do controlo de insectos, melhorem o acesso à água potável, ao saneamento básico e aos serviços de higiene.
De acordo com a agência, mais da metade da população global corre o risco de contrair malária, dengue, leishmaniose, doença de lyme, bilharziose e febre-amarela. Entre os vectores estão mosquitos, moscas, carrapatos e caracois.
“Pequena picada, grande ameaça” é o nome da campanha anunciada pela agência para chamar a atenção para o aumento da ameaça daquele tipo de doenças. Apontando que estas podem ser totalmente evitadas, o relatório destaca os passos e as medidas que governos, comunidades e famílias podem adoptar como forma de proteção.
Para a directora-geral da OMS, Margaret Chan, uma agenda global que dê prioridade ao controlo de insectos pode salvar muitas vidas e evitar muito sofrimento, acrescentando que medidas simples e baratas como mosquiteiros com insecticida, já salvaram milhares de pessoas.
A população pobre é a mais afectada pelas doenças transmitidas por insectos, principalmente os que não têm acesso adequado a casa, água potável e saneamento básico. As pessoas desnutridas são as mais vulneráveis.
A bilharziose, transmitida pelo caracol, é a doença mais diagnosticada ao atingir 240 milhões de pessoas no mundo inteiro.