Silvio Berlusconi, ex-primeiro-ministro italiano, começou hoje a prestar serviço comunitário por evasão fiscal numa clínica para doentes de Alzheimer.
O político, condenado no ano passado e expulso do parlamento, foi obrigado a trabalhar como voluntário uma vez por semana num centro para doentes de Alzheimer perto de Milão.
“Penso que no final ficarei muito mais tempo do que aquele a que sou obrigado. Tenho uma grande surpresa preparada. Demorei apenas 10 dias a aprender os diferentes métodos de cura que se podem usar”, disse o político, de 77 anos, a uma rádio, fazendo parecer que já está a querer tirar dividendos da condenação.
O centro clínico em Cesano Boscone, gerido pela Igreja Católica, informou que não permitirá que Berlusconi use o serviço comunitário para recolher ganhos políticos perante os media e garantiu que o tratará como qualquer outro voluntário.
Berlusconi dominou a política italiana durante duas décadas e está a liderar uma campanha às eleições europeias, apesar de ter sido impedido de se candidatar.
A sentença é vista como parte de uma lenta desintegração de Berlusconi como força política, com o seu partido, o Forza Italia, dividido por quezílias e os dirigentes de todo suspeitos de corrupção e ligações à máfia.
Esta foi a primeira condenação definitiva de Berlusconi que tem pendente um recurso contra uma sentença por abuso de poder e por ter tido relações sexuais com uma prostituta menor. Está também acusado de subornar um antigo senador de esquerda para prejudicar um partido rival.
