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Recordar Ayrton Senna

Passam hoje 20 anos sobre a morte de um dos melhores pilotos da história do automobilismo, em particular da Fórmula 1. O brasileiro Ayrton Senna morreu aos 34 anos, no dia 1 de maio de 1994, vítima de um acidente no Autódromo Dino e Enzo Ferrari, em Ímola, durante o Grande Prémio de São Marino.

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Senna estreou-se na Fórmula 3, em 1981, e os bons desempenhos, levaram-no à conquista do Campeonato Britânico e ajudaram à subida à prova rainha do automobilismo, três anos depois. Começou na Toleman-Hart, seguiu depois para a Lotus-Renault, mas foi ao volante de um Honda que, em 1988, conquistou o primeiro título mundial da carreira na Fórmula 1. As épocas de 1990 e 1991 deram ao brasileiro mais dois títulos mundiais. Aos 31 anos, Senna tornou-se no mais jovem tricampeão mundial na história da modalidade, feito ultrapassado apenas 11 anos depois, pelo alemão Sebastien Vettel. É ainda o terceiro com mais vitórias em Grandes Prémios, só atrás do francês Alain Prost e do alemão Michael Schumacher.

Na véspera da sua morte, conquistou a “pole position” para o Grande Prémio de São Marino, uma corrida que teve para não acontecer, depois de na sessão de treinos livres o compatriota Rubens Barrichello e o austríaco Roland Ratzenberger terem sofrido graves acidentes. O brasileiro sofreu apenas pequenas escoriações, mas Ratzenberger não teve a mesma sorte. Perdeu a vida já no hospital. Ainda assim, a corrida acabou por se realizar.

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Na sétima volta, Senna mantinha a liderança, mas ao entrar na curva Tamburello (a mesma onde Ratzenberger sofreu o acidente fatal), o brasileiro perdeu o controlo do carro e chocou frontalmente contra o muro de proteção, a 200 quilómetros por hora.

Foi retirado do seu Williams pela equipa médica e recebeu os primeiros socorros ainda na pista. Tinha sofrido um profundo dano cerebral e acabou por ser declarado morto poucas horas depois, num hospital de Bolonha. No carro de Senna, foi encontrada uma bandeira austríaca, que seria empunhada em homenagem a Ratzenberger, caso o brasileiro vencesse a corrida.

Um Grande Prémio trágico, que marcou o adeus a um dos maiores ícones da Fórmula 1. Vinte anos após a sua morte, Ayrton Senna continua a ser recordado um pouco por todo o mundo. Para além de um competidor aguerrido, Senna era também um católico devoto e ligado a obras beneficentes no Brasil, Era também famoso por ser um crítico ácido dos seus adversários. Os atritos com seus colegas, especialmente com o francês Alain Prost, eram bem conhecidos.

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Após a corrida de Ímola, a FIA implementou uma série de mudanças fundamentais para reduzir a ocorrência de acidentes nos anos seguintes, uma preocupação que acompanhava há algum tempo o piloto brasileiro. Nas semanas que antecederam o acidente, Senna mostrava-se disposto a articular os pilotos para reivindicar melhorias. Entretanto, a reativação da Associação de Pilotos, que havia sido dissipada em 1982, só foi consolidada após a morte do tricampeão. Desde então, os competidores da principal categoria do automobilismo têm participação ativa nas discussões sobre melhorias para o campeonato.

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Fotos: Cronologia de Ayrton Senna