Investidores de Bogotá, Dubai e Berlim estarão presentes na edição do Rock in Rio que começa este domingo, dia 25, em Lisboa com a atenção voltada para a potencial expansão para esses países, afirmou em entrevista à agência EFE a vice-presidente do festival, Roberta Medina.
“Estamos a trabalhar com a Colômbia e vamos ter uma comitiva do país nesta edição, assim como mais de 50 pessoas dos EUA, entre empresas e investidores de peso”, disse a empresária brasileira.
É preciso acrescentar ainda aos planos “uma comitiva de Dubai e outra de Berlim”, de acordo com a organizadora, convencida de que “vai ser muito divertido!”.
Até agora são três as cidades que receberam o festival: Rio de Janeiro, Lisboa e Madrid. Neste ano, segundo Roberta, a capital de Espanha foi descartada sobretudo por razões económicas.
“Tem a ver com a situação económica do país e com as prioridades do público que, no caso de Espanha, vive mais da tradição da rua que de eventos fechados”, explicou.
Segundo Roberta Medina, o mercado publicitário investe muito mais em cultura e entretenimento em Portugal que em Espanha, países nos quais existem “diferenças de comportamento neste âmbito”. “Mas não queremos deixar a Espanha de maneira nenhuma”, acrescentou.
Embora o Rock in Rio tenha sido criado no Rio de Janeiro em 1985, já foram realizadas mais edições em Portugal do que no Brasil, onde a edição de 2015 já está confirmada.
Na opinião de Roberta Medina, o fato de Lisboa ser a única anfitriã do festival neste ano traduziu-se num volume significativo de vendas internacionais, cerca de 8% do total, sobretudo, em Espanha, França e Inglaterra. Para o sucesso das vendas também contribui a presença dos Rolling Stones, cujo espetáculo já está esgotado.
São aguardadas 350 mil pessoas nesta edição, um impacto económico estimado de 63 milhões de euros e nove mil trabalhadores nos dias do evento, o que transforma o festival numa “ferramenta de promoção da cidade, em nível nacional e internacional”.
A abertura será responsabilidade do britânico Robbie Williams.