O Presidente da República sentiu esta manhã uma “reação vagal”, da qual “recuperou rapidamente”, nunca tendo perdido a consciência, disse à “Lusa” o médico que o assistiu.
“O senhor Presidente da República sentiu uma reação vagal, da qual recuperou rapidamente, nunca tendo perdido a consciência e sempre manifestou intenção de concluir o seu discurso”, declarou à agência o major-general médico José Duarte, da Força Aérea, que assistiu esta manhã o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva.
Uma reação vagal é uma das causas mais comuns de desmaio.
Esta manhã, o Presidente da República estava a discursar há seis minutos nas cerimónias militares do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que decorreram na Guarda, quando se sentiu mal e foi retirado da tribuna.
As cerimónias foram suspensas e os jornalistas foram afastados do local onde estavam, perto do local onde o chefe de Estado esteve a ser assistido, sendo encaminhados pela segurança para longe do local.
O chefe de Estado retomou o discurso cerca de meia hora depois, pelas 11h00.
Quando começou a intervenção do Presidente, um grupo de manifestantes que estava na assistência começou a assobiar, a fazer ruído com apitos e a gritar “Governo para a rua”.
Os manifestantes exibiam pequenos cartazes com mensagens como “Governo Rua” e “Presidente incompetente. Deixe o seu palácio para melhor gente”.
A sessão solene de condecoração decorreu, como o esperado, no Teatro Municipal da Guarda.