Duas princesas sauditas, filhas do rei Abdallah bin Abdul Aziz Al-Saud, pediram, num vídeo publicado no YouTube, ajuda internacional para serem libertadas do cativeiro imposto a ambas pelo próprio pai, desde 2001.
Na gravação, Sahar, de 42 anos, e Jawaher Bint Abdalá al Saud, de 38, denunciam que o rei e os seus meio-irmãos, Mutaib e Abdelaziz, as estão a privar há mais de uma década de comida e água. Apesar de terem acesso à internet e às redes sociais, afirmam que são impedidas de sair do palácio. As princesas pedem que “as organizações dos direitos humanos, a ONU e a Cruz Vermelha” se pronunciem sobre o caso. “Não esperem que ocorra connosco algo irremediável”, referem. As irmãs apelam para que estas organizações façam uma “declaração pública” sobre o caso em vez de dizer que estão “a trabalhar nisso e a enviar cartas” ao governo saudita. “Têm que vir a esta casa para ver este crime e nos liberar imediatamente”, suplica Jawaher, que aparece nas imagens sem véu.
A mãe das princesas, Alanoud Alfayez, ex-mulher do rei, chegou a enviar uma carta ao presidente Barack Obama, a pedir ajuda para libertar as filhas. “Alguém tem que intervir. As minhas filhas não são criminosas, não mataram ninguém”, escreveu Alanoud Alfayez. “Há 13 anos que Sahar, Maha, Hala e Jawaher estão sob prisão domiciliária a morrer de fome e precisam de ser libertadas imediatamente”, declarou a jordaniana, de 57 anos, que vive em Londres desde o seu divórcio, em 2003.
Segundo diplomatas na Arábia Saudita as duas mulheres estão detidas na cidade de Jeddah, mas podem circular com guarda-costas. Veja o vídeo com os depoimentos:
http://youtu.be/VI44jJSjc_U