Cultura

Curtas de Vila do Conde arranca este sábado

A 22.ª edição do Curtas Vila do Conde arranca no sábado, num equilíbrio entre a história do cinema com a exibição de trabalhos do italiano Michelangelo Antonioni e o cinema contemporâneo de Kelly Reichardt, segundo a organização.

“Eu penso que vamos ter uma edição do Curtas bastante forte por vários aspetos. Surgem dois nomes muito importantes ligados à história do cinema e ao cinema contemporâneo”, afirmou à “Lusa” Nuno Rodrigues, um dos responsáveis do festival que decorre até dia 13.

Para além da retrospetiva das longas-metragens da cineasta norte-americana Kelly Reichardt, que vai estar em Vila do Conde a partir de sábado, onde vai apresentar a antestreia nacional do seu mais recente filme – “Night Moves” -, o festival vai incluir a exposição “Aventura Antonioni” na Solar – Galeria de Arte Cinemática e apresentar uma integral de curtas e documentários do realizador de “A Aventura”.

“Alguns deles foram vistos em Portugal, mas todos os outros trabalhos são praticamente desconhecidos do grande público”, refere Nuno Rodrigues.

Em relação a Kelly Reichardt, o festival vai exibir o filme de estreia “River of Grass”, seguido de “Old Joy”, obra que levou ao grande ecrã o músico Will Oldham (também conhecido por Bonnie ‘Prince’ Billy).

“Wendy & Lucy” em 2006, com Michelle Williams, foi o trabalho posterior, dois anos antes de “O Atalho”, filme que o crítico A.O. Scott do New York Times descreveu como “um duro e discreto filme-revelação, filmado num estilo sem inflexões que faz com que tudo pareça em simultâneo mundano e misterioso”.

O festival vai também contar com uma secção dedicada ao futebol intitulada “Fora de Jogo!”, a coincidir com o Campeonato do Mundo de futebol, que Nuno Rodrigues explica como uma intenção de “interagir” em vez de se “desligar” da competição desportiva, escolhendo vários filmes ligados ao futebol indo de Jacques Tati, Corneliu Porumboiu a Miguel Gomes.

Neste contexto, o diretor do Curtas destacou dois momentos musicais, o primeiro um concerto dos Sensible Soccers com imagens de Pedro Maia e o segundo uma atuação de Vítor Rua com Chris Cutler para “uma compilação de arquivos de Edgar Pêra sobre as emoções do futebol”, em duas e três dimensões.

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