O novo rei de Espanha, Felipe VI, anunciou um conjunto de medidas, entre as quais está a proibição de elementos da casa real trabalharem em empresas privadas.
O pacote de medidas tem em vista travar a contestação à monarquia, que subiu de tom nos últimos anos do reinado de Juan Carlos.
A principal medida, segundo a imprensa espanhola, é o compromisso com uma auditoria externa às contas da casa real, algo que já é costume em monarquias como as do Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Suécia e Noruega. Até agora, as contas da casa real espanhola eram controladas internamente e foram reveladas publicamente pela primeira vez em 2011, sob pressão do escândalo que envolve Iñaki Urdangarin, marido da infanta Cristina e genro de Juan Carlos.
Durante a apresentação das novas medidas, o porta-voz da casa real espanhola salientou que a nova lei da transparência espanhola não exige que as contas da monarquia sejam auditadas externamente, sendo esta uma imposição do próprio rei. Ainda assim — e porque o pacote anunciado pelo novo rei só ficará concluído até 31 de dezembro —, a auditoria externa só irá debruçar-se sobre as contas a partir de 2015.
Das novas regras faz também parte a proibição dos membros da família real de trabalharem em empresas, ficando limitados ao exercício das suas “funções institucionais”.
Mas esta imposição abrange apenas a nova família real, que, após a renúncia do antigo rei, passou a ser constituída por Felipe e a sua mulher, Letizia; Juan Carlos e a sua mulher, Sofia; e as filhas dos novos monarcas, Leonor e Sofia.