Uma exposição sobre os tesouros reais de Espanha, que foca o colecionismo e mecenato praticado pelos monarcas espanhóis, vai apresentar 144 obras a partir de 22 de outubro na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
De acordo com a página na internet da Fundação Gulbenkian, a exposição intitula-se “A História Partilhada. Tesouros dos Palácios Reais de Espanha”, e é uma iniciativa do Património Nacional de Espanha.
Esta instituição é responsável pela preservação dos palácios ainda utilizados pela Casa Real de Espanha, alguns conventos de fundação régia e os respetivos acervos.
Entre 22 outubro e 25 janeiro de 2015, serão reveladas semanalmente uma ou duas peças, algumas inéditas, do conjunto de 144, nas galerias de exposições temporárias e no Museu Calouste Gulbenkian.
De acordo com a Gulbenkian, a mostra foca especialmente o colecionismo e o mecenato praticado pelos monarcas e membros da realeza em Espanha, e tem ainda um terceiro fio condutor, que evoca as relações políticas e matrimoniais entre as duas monarquias ibéricas.
“A História Partilhada” percorre 350 anos, iniciando-se no tempo de Isabel a Católica (século XV e XVI), figura matricial na afirmação de Espanha como potência europeia, que resulta da unificação dos reinos peninsulares levada a cabo no seu reinado.
Isabel de Bragança (1797-1818), nascida infanta portuguesa, tendo casado com o rei Fernando VII, é da sua iniciativa a fundação do Museu do Prado, em Madrid, um dos museus mais visitados do mundo.
Filha do rei D. João VI e de D. Carlota Joaquina de Borbón, Isabel de Bragança tornou-se rainha de Espanha ao casar, em 1816, com o seu tio D. Fernando VII, de quem foi segunda mulher.
De acordo com os seus biógrafos, Isabel de Bragança era apreciadora das artes e foi Académica de Honra e Conselheira da Real Academia de Belas Artes de São Fernando, em Madrid.