Os pais das seis vítimas do Meco estão a ser notificados pelo Ministério Público, nesta quarta-feira, do arquivamento do inquérito. Os alunos da Universidade Lusófona morreram na praia na noite de 15 de dezembro do ano passado.
De acordo com a TVI, no despacho de arquivamento de 100 páginas o Ministério Público conclui que se tratou de um acidente e que não se pode imputar qualquer responsabilidade criminal ao único sobrevivente, o dux João Gouveia.
Segundo a investigação, que durou sete meses, não foram encontrados indícios de crime. Não há provas de ter havido praxe académica. O grupo de jovens foi arrastado para o mar, surpreendido por uma onda, quando conviviam no areal da praia do Moinho de Baixo. Não podem ser por isso imputadas quaisquer responsabilidades a João Gouveia, único sobrevivente.
Os familiares das vítimas da tragédia do Meco já fizeram saber que vão recorrer da decisão.
António Soares, pai de uma das vítimas, confirmou hoje à agência “Lusa” que o advogado das famílias já foi notificado do arquivamento do processo e que vai recorrer da decisão. “Já é oficial que o caso foi arquivado”, afirmou António Soares, pai de Catarina Soares, um dos seis alunos da Universidade Lusófona arrastados por uma onda na praia do Meco.
António Soares revelou que a notificação foi comunicada aos familiares das vítimas pelo advogado das famílias, Vitor Parente Ribeiro, mas que ainda não teve possibilidade de ler a fundamentação do despacho de arquivamento, que tem cerca de 100 páginas. “A minha reação é de revolta”, afirmou, acrescentando que não quer fazer mais comentários sobre o processo até ter acesso à argumentação do Ministério Público (MP). Contudo, garantiu que as famílias vão recorrer da decisão de arquivamento “até onde for possível”.
A notícia do arquivamento do processo já tinha sido avançada pela imprensa na semana passada.