O romance “A Sibila””, de Agustina Bessa-Luís, a celebrar o 60.º aniversário da 1.ª edição, vai ser reimpresso em setembro, pela Guimarães Editores, em duas versões, uma em capa dura e outra em capa mole.
“O romance está esgotado e optámos por o reimprimir numa versão de capa dura, que faz parte da coleção ‘Opera Omnia’ e outra em capa mole, cada uma com uma tiragem de 2.000 exemplares”, disse à “Lusa” fonte do grupo editorial Babel, do qual faz parte a Guimarães Editores.
“A Sibila” valeu a Agustina Bessa-Luís os prémios Delfim Guimarães e Eça de Queiroz, em 1954, os primeiros de uma lista de vários galardões atribuídos à escritora, entre os quais o de Romance e Novela, da Associação Portuguesa de Escritores, em 1983, pela obra “Os meninos de ouro”, prémio que voltou a receber em 2001, com “Joia de família”.
O romance “A Sibila” é protagonizado por Quina e a ação narrativa decorre entre 1850 e 1950, com referências à revolução da Patuleia (1846-1847) e à proclamação da República (1910), e tem como cenário a paisagem de Amarante, região de onde é natural a escritora, nascida há 91 anos em Vila Meã.
Também desta autora, na coleção “Opera Omnia”, é reeditado o romance “Os Incuráveis”, publicado pela primeira vez em 1956.
O primeiro livro de Agustina Bessa-Luís, “Mundo Fechado”, foi editado em 1948. Desde então a escritora publicou ficção, ensaios, teatro, crónicas, memórias, biografias e livros para crianças. Várias obras suas foram adaptadas ao cinema por realizadores como Manoel de Oliveira (“Fanny Owen”, “Vale Abraão”) e João Botelho (“A corte do Norte”).
A escritora foi distinguida pela totalidade da sua obra com, entre outros, os Prémios Camões e Vergílio Ferreira, ambos em 2004, e o Prémio de Literatura do Festival Grinzane Cinema, em 2005.