Se para uns os novos dispositivos móveis permitiram uma maior flexibilidade de horários (ou mesmo a possibilidade de trabalhar em casa), para outros os smartphones são uma “praga” quase impossível de largar, que os impede de mandar o trabalho para trás das costas.
Mesmo em férias, muitas são as pessoas que não conseguem passar um dia que seja sem aceder ao e-mail ou verificar se está tudo bem no escritório.
“Isto faz com que a mente nunca descanse e o corpo não tenha tempo para recuperar. E quanto mais cansados estamos, mais erros cometemos. A saúde mental e física pode sofrer”, explicou à BBC a psicóloga ocupacional Christine Grant, da Universidade Coventry, no Reino Unido.
Além disso, o crescimento do número de smartphones coloca à disposição dos utilizadores uma quantidade avassaladora de informação, o que pode levar a uma espécie de paralisia, segundo Michael Rendell, da consultoria PwC.
Esta espécie de vício levou o norte-americano Kevin Holesh a criar uma aplicação móvel que monitoriza o uso que cada usuário faz do seu iPhone, emitindo alertas quando os limites autoimpostos são ultrapassados.