O jornalista Rui Camacho, que foi chefe de redação da ANOP, que mais tarde deu origem à agência “Lusa”, morreu na terça-feira, dia 5, aos 78 anos, vítima de doença prolongada.
Casado com a escritora e jornalista Helena Marques, Rui Camacho deixa quatro filhos, entre eles Paulo Camacho (antigo jornalista da SIC) e Pedro Camacho, diretor da revista “Visão”.
Nascido no Funchal em 1936, Rui Camacho trabalhou no “Diário de Notícias” do Funchal, foi correspondente, na Madeira, do Diário de Lisboa, da Paris Match e da Associated Press (AP), entre 1955 e 1970.
Entre 1971 e 1973, Rui Camacho foi redator da revista “Flama”, chefe de redação adjunto do “Jornal do Comércio” e colaborador das agências Ciesa, Latina e Penta.
Chegou a subchefe de redação do “República” e a chefe de redação da ANI – Agência Noticiosa de Informação, com a tarefa específica de elaborar o projeto da futura ANOP.
Depois do 25 de abril de 1974, foi chefe de redação do jornal “A Luta”, do qual foi cofundador, juntamente com a direção e um grupo de antigos redatores do “República”.
Entre 1978 e 1985, foi chefe de redação da ANOP, tendo sido requisitado em comissão de serviço para a coordenação geral das redações da RTP (1979) e para a chefia da redação da RTP Informação 2. Ainda durante este período foi chefe de redação da revista “Negócios” (1980-1984).
Entre 1986 e 1988 foi chefe de redação do jornal “O Tempo”. Na década seguinte, chegou a trabalhar para a Hill & Knowlton, Imago e Marconi.
O funeral realiza-se hoje.