Nigel Goodman, de 42 anos, sofria da doença de Huntington (um distúrbio neurológico que é hereditário e que se caracteriza por causar movimentos corporais anormais e afetar várias habilidades mentais do paciente) e pediu à mãe para morrer. Heather Pratten, de 76 anos, mãe de Goodman resistiu à ideia do filho ao início.
Porém, acabou por concordar em fazer-lhe a vontade. Os dois combinaram que Heather lhe aplicaria uma alta dose de heroína, mas mesmo assim Nigel não morreu e a mãe acabou por o sufocar com uma almofada. Nos meses seguintes Heather teve que responder perante a Justiça e declarou-se culpada pelo assassinato do filho. “Eu cometi um crime, era mesmo culpada”, afirma no vídeo de uma campanha a favor da eutanásia.
Ao partilhar a sua história, Pratten diz que o ato não foi premeditado e foi uma demonstração do seu amor incondicional pelo filho, que preferiu morrer em vez de continuar a sofrer com a doença.
No testemunho, relembrou o dia em que ajudou o filho a morrer: “Tirei Nigel do hospital por causa do aniversário dele e levei-o para o apartamento onde ele morava. Éramos apenas nós os dois. Fiquei preocupada que alguém percebesse, mas Nigel me implorou para não deixar que o ressuscitassem. Só depois que tive a certeza de que ele estava morto, é que chamei a polícia e a ambulância”. Quando a polícia chegou, explicou o que tinha feito.
Heather foi interrogada e presa e acusada de homicídio. A acusação foi, depois, modificada e a inglesa foi absolvida. “Nunca me preocupei muito com isso. Só senti que fiz o que era certo para ele e que tudo se resolveria no fim, como, de facto, aconteceu”, finalizou.
Veja o vídeo.