Os atores Penélope Cruz e Javier Bardem quiseram condenar publicamente a violência do exército israelita na Faixa de Gaza, mas o seu apoio a um manifesto polémico, assinado por vários artistas e intelectuais espanhóis, que classificou como “genocídio palestiniano” a atual situação no Médio Oriente, está a dr que falar. O casal está a ser alvo de duras críticas nos EUA.
Penélope Cruz foi a primeira a reagir, emitindo um comunicado para explicar a sua posição. “Eu não sou uma especialista nesta questão e estou ciente da complexidade da mesma”, escreveu numa carta enviada ao jornal “USA Today”. “O meu único desejo e intenção com que assinei a declaração conjunta, é a esperança de que haja paz em Israel e em Gaza”, acrescentou.
Da mesma forma, Bardem corrigiu a sua posição, alguns dias depois, esclarecendo também através de um comunicado oficial para o mesmo jornal que a sua frase foi dirigida ao exército israelita, não ao povo de Israel. No entanto, nos EUA o estrago estava feito e sobre as cabeças dos dois atores ligou-se o sinal de “anti-semita”.
Também o ator norte-americano Jon Voight, pai de Angelina Jolie, já se pronunciou sobre o assunto, publicando uma carta na revista “Variety”, na qual reclama das críticas que Penélope Cruz e Javier Bardem fizeram a Israel: “O meu nome é Jon Voight e estou mais do que zangado. Dói-me o coração saber que pessoas como Penélope Cruz e Javier Bardem incitem o antissemitismo pelo mundo e não se dêem conta dos danos que estão a causar”. “São obviamente ignorantes quanto à história do nascimento de Israel”, afirmou Voight, fazendo um resumo dos dados históricos e salientando: “Em vez de os meus colegas apoiarem o único país democrático da região, escrevem uma carta venenosa contra este”.
Foto: D.R.