Aos 35 anos José Fidalgo é um dos atores mais importantes da sua geração. Com uma capacidade camaleónica, onde joga com a imagem a favor dos seus personagens emprestando o seu carisma a cada papel, o ator conseguiu afirmar-se entre os melhores. Atualmente é o Gonçalo Queiroz, um piloto de motas, na telenovela da SIC “Mar Salgado”. O papel assenta-lhe como uma luva, pois na vida real é um assumido apaixonado pelos desportos motorizados. A Move Notícias esteve com o ator numa competição na Rampa da Penha, em Guimarães, que se realizou no fim de semana de 20 e 21 de Setembro.
Desta vez, Fidalgo deu asas à sua paixão ao volante de um Fiat Bravo, o carro de reserva, uma vez que o VEC, Veículo Eléctrico de Competição, desenvolvido pela FEUP, inicialmente previsto para ser conduzido pelo ator, ficou comprometido por humidade “num circuito, que fez com que a unidade de gestão do motor o desligasse, para proteger todo o sistema”, como explicou um dos alunos que desenvolve o projecto nos departamentos DEEC, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
Ao seu lado, dentro do carro de competição, viajou o “ursinho Ted”, a pedido do filho Lourenço, de 4 anos, que “também gosta destas coisas”. “O urso está aqui porque foi o meu filho que pediu para o trazer. O Ted é do Oporto British School, o colégio que ele frequenta, e que todos os fins de semana recebe convites dos colegas para passar esses dias com eles. Desta vez calhou-me a mim e ao meu filho. Eu próprio fiz o convite para o ursinho vir participar na corrida, uma vez que o Lourenço não o pode fazer. O Ted vai participar e depois contará a experiência ao Lourenço” confessou orgulhoso Fidalgo, que tinha ali por perto o filho a assistir.
O convite para a corrida “veio a calhar”. “É sempre um prazer de conduzir, sejam motos ou carros”, revelou o ator, que em “Mar Salgado” é um apaixonado por motas. “No início da história, que reporta à década de 80, o Gonçalo participava no campeonato nacional de motas. Depois, por uma série de razões, a história leva a que ele desista do campeonato e fica a tomar conta da empresa do pai”, contou, visivelmente satisfeito com o sucesso que a trama está a ter entre os telespetadores.
Sobre a experiência na Penha, realizada em contra-relógio num traçado sinuoso, o piloto referiu que “foi uma experiência muito interessante pela adrenalina, mas também pelo facto de ter contactado de muito perto com o grupo fantástico dos alunos da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, que prepararam e assistiram o carro. Melhorei sempre e em cada subida diverti-me cada vez mais.”
Apesar de nunca ter pensado em se profissionalizar, José Fidalgo não põe de lado a ideia: “Envolve montantes elevados de mais para alguém confiar em mim, não tenho experiência praticamente nenhuma neste tipo de competições”. Quem sabe se um dia não possa entrar mais a sério nestas coisas das velocidades. “É uma questão de paciência e de ir ganhando experiência através destes convites”, terminou o ator com entusiasmo e sem pressa de despir a pele de um piloto.
Fotos: José Gageiro