O Papa volta a surpreender. Francisco vai retomar no próximo domingo, dia 14, uma tradição papal, a celebração de casamentos. Desde João Paulo II, que casou oito casais, que nem o Papa Bento XVI nem o próprio Francisco celebraram um matrimónio. O atual Papa vai unir sob o sacramento do casamento na Basílica de São Pedro, no Vaticano, 20 casais, entre eles Gabriella, uma mãe solteira, e Guido, um divorciado, cujo anterior casamento foi anulado, ambos com cerca de 50 anos. O casal, escolhido pela diocese de Roma, manifestou-se surpreso com a sua entrada na lista dos 20 casais. “Não acreditámos que pudéssemos responder aos requisitos dos casais católicos como os imaginamos”, confessou Gabriella.
Gabriella e Guido queriam que a sua união fosse reconhecida pela Igreja Católica mas nunca pensaram que viessem a ser casados pelo próprio Papa. “Conhecemo-nos há cinco anos e a necessidade de casar pela Igreja surgiu do desejo de deixar de viver a nossa união e os nossos sentimentos privados de alguns sacramentos”, explicou.
Os casais que serão casados por Papa Francisco, também reconhecido como o bispo de Roma, são todos da capital italiana. Os casamentos ocorrem dois meses depois de o Papa ter celebrado uma missa na capela da sua residência em Santa Marta com 15 casais que assinalavam 25 a 60 anos de união. Na cerimónia, Francisco falou da fidelidade, perseverança e fertilidade como os pilares para um casamento bem-sucedido.
O casamento de uma mãe solteira e de um divorciado, um casal considerado atípico segundo os valores da Igreja Católica, é semelhante a outro caso protagonizado por Francisco. No passado mês de janeiro, o Papa baptizou 32 crianças, entre elas o filho de um casal apenas casados pelo civil.