O ex-selecionador nacional perdeu uma “fortuna” com o caso BES. “Pelos padrões de vida que eu tenho, são mais de quinze anos da minha reforma que desapareceram de um dia para o outro”, adiantou Carlos Queiroz na entrevista ao “MaisFutebol”, da TVI24.
O treinador fez várias revelações: “Um diretor comercial do ES Bankers foi à minha conta, tirou uma fortuna, tirou mais de metade da minha vida de trabalho, e mandou para os senhores da Rioforte. Pôs os meus fundos – fundos que tinha guardado exclusivamente para apoiar a minha reforma -, na Rioforte de uma forma fraudulenta e abusiva”.
Sem expetativas de reaver o dinheiro que perdeu com a divisão do BES em banco mau e Novo Banco, Queiroz questiona como foi possível este caso poucos anos depois do que sucedeu com o BPN. “E mais uma vez a impunidade é total. Começo a achar que a única coisa que é crime neste país é um treinador às sete da manhã dizer dois ou três palavrões a alguém…”, comentou numa referência ao caso que o opôs ao ADoP (Autoridade Antidopagem de Portugal) por injúrias em pleno estágio da seleção antes do Mundial de 2010.