Saúde & bem-estar

Fibrilhação auricular é responsável por 32% dos AVC

A fibrilhação auricular, doença que afecta 200 mil portugueses, é responsável por um em cada três Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC), representando um risco maior do que fumar, ter diabetes ou não fazer exercício físico, alerta Carlos Morais, presidente da Associação Bate Bate Coração.

O AVC relacionado com a fibrilhação auricular é o mais debilitante, tendo um risco de morte duas vezes superior comparado com os não relacionados. “Estes números são preocupantes e mostram a necessidade de desenvolvermos estratégias imediatas que permitam um maior conhecimento sobre a fibrilhação auricular, com enfoque na prevenção e diagnóstico precoce, o que irá contribuir para a redução da enorme carga económica resultante dos AVC associados a esta doença”, explica Carlos Morais.

As pessoas que sofrem de fibrilhação auricular têm um risco aumentado de vir a sofrer de AVC. No entanto, a toma de medicamentos anticoagulantes orais, recentemente comparticipados em Portugal, pode diminuir em cerca de 60% esse risco.

O AVC, principal causa de morte em Portugal, ocorre quando um coágulo entope um vaso sanguíneo no cérebro impedindo a passagem de sangue e consequentemente de oxigénio, comprometendo áreas do cérebro que controlam faculdades como movimentos, a fala, entre outras. As doenças vasculares cerebrais são a principal causa de morte e a 3ª principal causa de morte prematura em Portugal.

A fibrilhação auricular é a perturbação do ritmo cardíaco crónica mais frequente, afectando aproximadamente 6 milhões de pessoas na Europa, 8 milhões na China e 2,6 milhões nos Estados Unidos da América. Em Portugal existem cerca de 200.000 doentes com fibrilhação auricular e em risco de sofrer um AVC se não forem diagnosticados e correctamente tratados.

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