Oscar Pistorius foi condenado a cinco anos de prisão efetiva por homicídio negligente pela morte da namorada, esta terça-feira, dia 21. A juíza Thokozile Masipa teve em conta o facto de esta ser a primeira ofensa do acusado e deste se ter mostrado “em choque” e “com remorsos” meses depois do incidente.
O atleta paraolímpico sul-africano foi ainda condenado a três anos de prisão com pena suspensa por acusações de disparo de arma de fogo em local público, anteriores à morte da namorada. Foi condenado por ter disparado uma arma debaixo da mesa, num restaurante lotado em Joanesburgo.
Oscar Pistorius está, a esta hora, no tribunal de Pretória, onde teve lugar a leitura da sentença que podia ter levado a uma condenação máxima de 15 anos de prisão. O Estado pedia a condenação a 10 anos.
O tribunal considera que o atleta paralímpico matou a sua namorada. Contudo, não atuou com a intenção de a matar, mas sim a outra pessoa, que julgou ter-se introduzido furtivamente na sua residência.
O atleta, de 27 anos, escapou a uma condenação por homicídio premeditado, mas a juíza considerou que as ações do atleta foram “negligentes”, tendo demonstrado “uso excessivo da força”.
Para a magistrada, que preside ao coletivo de juízes, o Ministério Público não conseguiu provar que Oscar Pistorius cometeu um homicídio premeditado, ao assassinar a namorada a tiro.
A magistrada também desvalorizou os testemunhos dos vizinhos que diziam ter ouvido gritos antes dos disparos, considerando não serem fiáveis devido à distância entre o local do crime e o sítio onde estavam.
Reeva Steenkamp foi morta a tiro a 14 de Fevereiro, Dia dos Namorados, no ano passado, na casa onde vivia com o arguido, em Pretória.
Pistorius, conhecido como “Blade Runner”, é famoso na África do Sul por ter sido o primeiro duplo amputado a participar nuns Jogos Olímpicos.