O músico português celebrará os vinte anos do álbum de estreia, “Viagens” (1994), reeditando-o em novembro e incluindo-o num novo espetáculo, a estrear em 2015 nos palcos portugueses e estrangeiros, foi anunciado esta terça-feira, dia 14.
De acordo com a editora Universal, Pedro Abrunhosa estreará um novo espetáculo, intitulado “Inteiro”, a 16 de janeiro no Olympia, em Paris, que incluirá canções de “Viagens” e também do disco mais recente, “Contramão”.
Além da cidade-luz, Pedro Abrunhosa anuncia concertos no Luxemburgo (17 de janeiro), Porto (coliseu, dias 30 e 31 de janeiro), Lisboa (Meo Arena, 7 de fevereiro) e Guimarães (Multiusos, 14 de fevereiro).
Pedro Abrunhosa editou no final de 2013 o álbum “Contramão” – o sétimo de carreira – que serviu de mote para a digressão deste ano pelo país, somando mais de 200 mil espetadores, segundo contas da promotora do artista.
“Contramão”, que lhe valeu o Prémio Pedro Osório, conta com canções como “Para os braços da minha mãe”, interpretada com Camané, “Toma conta de mim” e “Senhor do adeus”.
Quando lançou “Contramão”, Pedro Abrunhosa ainda não pensava em celebrar os vinte anos da estreia discográfica, com “Viagens”.
“Comemorar é alguma coisa que me recusarei a fazer. Não tenho nada que comemorar. O que é relevante é que as pessoas querem ouvir as músicas de todos os discos”, afirmou em dezembro passado à agência “Lusa”, resumindo de seguida: “Continuarei a fazer canções até morrer e se mantiver a lucidez e a clareza de espírito para tal”.
A verdade é que “Viagens” se impôs como um dos maiores sucessos de Pedro Abrunhosa. É um disco marcado pelo jazz e pelo funk, com temas como “Tudo o que eu que te dou”, “Socorro”, “Não posso mais” e “É preciso ter calma”, e que lhe valeu a tripla platina, correspondente na altura a cerca de 140 mil discos vendidos.
Pedro Abrunhosa, 53 anos, um dos nomes mais conhecidos do pop rock atual, estudou análise, composição e pedagogia musical – com Álvaro Salazar e Jorge Peixinho -, aprofundou conhecimentos em contrabaixo, deu aulas e foi um dos fundadores da Escola de Jazz do Porto.
Fundou ainda os Bandemónio e o Comité Caviar, dois grupos que o acompanharam ao longo dos últimos vinte anos, em palco e em estúdio, nos álbuns: “Viagens” (1994), “Tempo” (1996), “Silêncio” (1999), “Momento” (2002), “Luz” (2007), “Longe” (2010) e “Contramão” (2013).
Foto: José Gageiro