A Galeria Municipal Almeida Garrett, no Porto, recebe, a partir de hoje, a exposição “Sub 40”, comissariada por José Maia e que pretende ser uma “avaliação do estado da arte da cidade”, disse o vereador da Cultura.
“Esta exposição tem esse objetivo, é um trabalho aberto, tem esta dimensão de investigação também. Não é uma exposição com olhar negativo sobre o que se passou. Aliás, na minha intervenção política, como as pessoas têm reparado, eu não faço juízos sobre aquilo que se passou, mas o que se passou é passível de estudo, de investigação. Não faço juízos éticos e morais, mas podemos fazer juízos de natureza técnica e científica”, disse à “Lusa” o vereador da Cultura da Câmara do Porto, Paulo Cunha e Silva
Momentos antes, durante a sua intervenção na abertura da exposição, à qual acorreram pessoas em número suficiente para preencher o espaço da galeria no Palácio de Cristal, Paulo Cunha e Silva havia sublinhado que a exposição, a última do primeiro ano de mandato e a primeira “comissariada” pelo pelouro da Cultura, serve como uma “avaliação do estado da arte da cidade” e reflete sobre como é que a criação artística do Porto se desenvolveu nos últimos anos.
O curador da exposição, José Maia, por seu lado, disse à Lusa que os 30 artistas diferentes compõem um quadro “muito reduzido” face “à quantidade de artistas ativos no Porto e que dinamizaram a cidade do Porto desde o início do século”.
Desta forma, José Maia procurou selecionar “alguns que poderiam representar todos os outros”, com o acréscimo de serem, na grande maioria, obras que ainda não haviam sido expostas no Porto.
Os artistas com menos de 40 anos, numa referência também aos 40 anos da revolução do 25 de Abril, vão de nomes como Isabel Ribeiro a Jonathan Saldanha, passando por João Marçal, Vera Mota, Marco Mendes, Susana Chiocca, entre muitos outros, que veem as suas obras espalhadas pela sala.
A exposição vai estar na galeria municipal até ao dia 11 de janeiro e vai incluir performances, conferências, lançamentos de livros e debates.