Tozé Santos e Sá

Advogado

A Internet

Apesar de ser um nabo e, como quase todos da minha geração e anteriores, autodidata nas tretas das tecnologias, reconheço grandes méritos e virtudes a esta. Mesmo considerando o que está a acontecer na colocação de professores e no programa informático da justiça. Estes ainda conseguem ser mais nabos que eu… adiante…

Esta nova realidade fez as pessoas ficarem egoístas, isoladas e anti-sociais.

A humanidade vem a perder sentido, direcção, senso da sua génese.

Já não interessa estar e partilhar presencialmente com outras pessoas. Bastam-se com jogos on line, muitas das vezes com estranhos, com um ligar o Skype mesmo morando a 10 minutos de distância.

Os dependentes da internet não sabem dar valor ao mundo cá fora.

O futebol é para ser jogado num campo com amigos e não e na playstation!

Deixemos a preguiça e o comodismo e voltemos á condição humana de convivência social presencial, do toque e do afecto…

É necessária uma revolta já. Não o retorno completo ao passado, embora admita ter saudades daquele telefonema para o telefone fixo, àquelas horas certas, e ter de falar com quem não queria até chegar à fala com a pessoa que realmente queria… Agora acho piada…

É pelo mundo estar assim, desumanizado, que falecemos e nem dão pela nossa falta, durante dias…

Que mensagem e valores estamos a dar há nova geração? Pior, o que lhe estamos a incutir e a ensinar?

Talvez por isso nunca devêssemos deixar de ter vida, deixar de existir, deixar de ser, deixar de estar…

Temos de conseguir abstrair-nos, ser diferentes para voltarmos a ser iguais. Não ceder e fazer porque os outros fazem. Não competir por likes, não fazer da vida uma rede social…

Estes que o fazem, já estão sozinhos, mas tem de voltar…Talvez assim aprendam que há mundo lá fora, e venham descobri-lo…

Vou ali, conviver e tirar um apontamento… Até terça!