A incidência de cancro do colo-retal em pessoas com mais de 50 anos baixou nos Estados Unidos, mas a doença tem aumentando entre os que têm entre 20 e 49 anos, de acordo com um estudo.
A incidência deste tipo de cancro diminui, entre 1998 e 2006, cerca de três por cento entre os homens e 2,4% entre as mulheres, com mais de 50 anos, devido sobretudo a um aumento dos exames de despistagem (nomeadamente a colonoscopia), recomendados a adultos a partir desta idade, referem os autores da investigação, publicada no “Journal of the American Medical Association”.
Estatísticas norte-americanas de 1975 a 2010 demonstram que, neste período, houve uma diminuição da incidência do cancro do colo-retal de 0,92% por ano, tendo sido de 1,03% entre os homens e 0,91% entre as mulheres.
O decréscimo mais significativo registou-se entre as pessoas com 75 ou mais anos (-1,15% por ano), enquanto nas pessoas com idades entre os 50 e os 74 anos baixou 0,97%.
No entanto, a incidência deste tipo de cancro aumentou entre as pessoas com idades entre os 20 e os 49 anos, com um aumento de 1,99% na faixa 20-34 anos. Entre as pessoas com idades entre os 35 e os 49 anos, aumentou 0,41% por ano. Nestas idades não se recomendam exames de despistagem de cancro colo-retal, referem os autores, numa tentativa de explicar a tendência de aumento.
Além disso, os menos de 50 anos são diagnosticados demasiado tarde, quando o tumor já está num estado avançado.
De acordo com os investigadores, a incidência do cancro do colo-retal pode aumentar 37% até 2020 e 90% até 2030, na faixa etária entre os 20 e os 34 anos. Já entre as pessoas com mais de 50 anos, a incidência deverá diminuir 23,2% até 2020 e 41,1% até 2030.
O cancro do colo-retal é o terceiro tipo de cancro mais frequente nos Estados Unidos, tendo sido registados em 2013 142.820 novos casos e 50.830 mortes.
O estudo é baseado em dados do Instituto Nacional do Cancro, envolvendo 3939.241 pessoas diagnosticadas com cancro do colon e do reto entre 1975 e 2010.