A guerra entre Manuel Maria Carrilho e Bárbara Guimarães parece não ter fim. O ex-ministro da Cultura acusou na terça-feira, dia 11, o Governo de cometer um ato “ilegal e inconstitucional” por ter convidado a ex-mulher, Bárbara Guimarães, para participar numas jornadas sobre violência doméstica, alegando que representa um “apoio encapotado de um membro do Governo a Bárbara Guimarães”.
Carrilho revelou, durante uma conferência de imprensa realizada no Hotel Altis, em Lisboa, sentir-se “indignado” com “esta ilegítima interferência do Governo na esfera da Justiça”, uma vez que o ex-casal está envolvido em vários processos-crime e cíveis, em curso nos tribunais, devido ao divórcio, que aconteceu há um ano. Por isso, o professor universitário já pediu a advogados para “analisarem os factos”, no sentido de “serem apuradas as responsabilidades”, e “atuarem em conformidade”.
O ex-ministro considera “absolutamente intolerável” que o Executivo tenha organizado aquele evento, “escolhendo a pessoa de Bárbara Guimarães como grande destaque” para “dar a cara a favor das vítimas da violência doméstica”. As jornadas decorrem até 5 de Dezembro, incluem várias iniciativas e várias mulheres bem conhecidas do público foram convidadas a participar, como Fátima Campos Ferreira, Fátima Lopes, Mariza, Sílvia Alberto e Tânia Ribas de Oliveira. Bárbara Guimarães participou na leitura de um texto de Serena Dandini, “Feridas de Morte”. Carrilho acredita que a ideia que passou foi a de que estava a “falar da sua própria situação pessoal” e a acusá-lo “subliminarmente”. Por esse motivo, sente-se atingido “de um modo absolutamente maquiavélico” e considera que está a ser alvo de “uma verdadeira tentativa de linchamento público” da sua pessoa.
“Encontrar o Governo associado a uma coisa destas permite concluir que existe o objectivo político de atacar alguém que se encontra ligada ao mais importante partido da oposição, do qual foi dirigente e por escolha do qual exerceu as funções de deputado, de ministro e de embaixador de Portugal, sabendo-se que nos encontramos já em contagem decrescente para o combate político que irá ter lugar no próximo ano de 2015″, finalizou.