O governo português pediu a transferência para um hospital público da bebé portuguesa que nasceu prematura no Dubai, informou a Secretaria de Estado das Comunidades.
O hospital privado onde a criança se encontra cobra valores elevadíssimos e os pais pediram ajuda do para manter a filha nos cuidados intensivos. Margarida, filha de Gonçalo e Genny Queiroz, nasceu a 28 de outubro, num hospital privado no país do Golfo Pérsico, com 25 semanas e apenas 410 gramas.
A Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, em conjunto com a embaixada de Portugal no Dubai, está a acompanhar o caso, e depois de ter tido acesso ao relatório médico sobre o estado clínico da criança, pediu a sua transferência para um hospital público do Dubai.
Em declarações à Lusa, José Cesário, secretário de Estado das Comunidades, disse que ainda não obteve uma resposta do Ministério da Saúde do Dubai.
Na opinião do governante, a melhor solução seria trazer a menina para Portugal, mal o seu estado clínico o permita. “É a solução que eu prefiro, não escondo isso”, afirmou José Cesário, reconhecendo, que ainda não é clinicamente aconselhável que a criança saia do hospital onde se encontra. “Mas é uma hipótese que se mantém de pé e que eu não escondo que, para mim, seria a solução mais adequada, a partir do momento em que a criancinha tenha condições para fazer a viagem”, explicou, garantindo que os serviços de saúde portugueses estão preparados para tratar a menina e que o Estado assegurará o necessário transporte da família.
Mesmo num hospital público no Dubai os custos continuam elevados, “continuamos a falar de uma solução cara. Estamos a ver se há alguma forma de os custos não serem tão elevados”, frisou o secretário de Estado, adiantando que “estão a ser feitas diligências” nesse sentido, quer no Dubai, junto do Ministério da Saúde, quer em Portugal, junto da embaixada do país árabe em Lisboa.