O filme português “Fuligem”, de David Doutel e Vasco Sá, venceu a 38.ª edição do Cinanima – Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho, anunciou a organização do evento.
A curta-metragem de 14 minutos destacou-se assim na competição internacional, disputada por 88 obras de 19 países, e venceu também o Prémio António Gaio, a que concorriam 11 fitas de realizadores portugueses com mais de 30 anos.
Em desenho 2D animado por computador, o filme relaciona o percurso de vida de um homem com um trajeto de comboio pelo interior do país, com o que os realizadores acrescentam mais um galardão aos que já obtiveram no Festival de Animação da Lousada e no Festival de Curtas-Metragens de Vila do Conde.
Para além do Grande Prémio atribuído a “Fuligem”, o júri do Cinanima decidiu ainda entregar um Prémio Especial à curta-metragem “Coda”, do irlandês Alan Holly, enquanto o Prémio do Público e o de Melhor Longa-Metragem coube a “O menino e o mundo”, do brasileiro Alê Abreu.
No que se refere aos restantes vencedores da 38.ª edição do festival de Espinho, “Je suis comme je suis”, da francesa Marion Auvin, foi considerada a melhor curta-metragem com extensão até 5 minutos.
“We can’t live without Kosmos”, do russo Konstantin Bronzit, replicou-lhe depois o exemplo na categoria de filmes entre os 5 e os 24 minutos, sendo que “Deux Amis”, uma produção francesa de Natalya Chernysheva, foi premiada como a melhor obra de fim de curso.
“Foi o fio”, de Patrícia Figueiredo, venceu, por sua vez, o Prémio Jovem Cineasta Português, que distingue autores com idade entre os 18 e os 30 anos.
“O Duque da Ribeira”, realizado por crianças das Oficinas da Anilupa, no Porto, também se destacou na secção para cineastas menores de idade.
O júri do Cinanima de 2014 distribuiu ainda o Prémio de Divulgação Sereia Animada por seis curtas: “Avec le temps”, de Iván Barriuso (Espanha); “A lagarta e a galinha”, de Michaela Donini e Katya Rinaldi (Itália); “A bicicleta do elefante”, de Olesya Shchukina (França); “El canto”, de Inês Sedan (França); “Mutilado”, de Alain Fournier (Canadá); e “O som do toque”, de Jean-Charles Mbotti Malolo (França).
Menções honrosas, foram entregues seis, as primeiras das quais para produções francesas: “Moi J’Attends”, de Claire Sichez, na categoria de curtas até 5 minutos, e “La maison de Poussiére”, de Jean-Claude Rozec, para filmes até 24.
“Wind”, do alemão Robert Löbel, também mereceu uma menção na categoria de filmes de fim de curso, da mesma forma que os cineastas com menos de 18 anos que assinaram “A mulher esqueleto”, pelo Cineclube de Viseu, e “Orchis Mirabilis”, por um coletivo infanto-juvenil de Abrantes.
As útimas menções honrosas do Cinanima, para realizadores entre 18 e 30 anos, privilegiaram “Kilamba”, de Bárbara Oliveira, e “Pass it on”, de Teresa Cruz.
Na categoria para filmes publicitários ou de informação, o júri decidiu não atribuir nenhum prémio, à semelhança do que aconteceu na modalidade relativa a produções com 24 a 50 minutos de duração.