A Organização Mundial da Saúde (OMS) está a financiar as pesquisas de uma empresa australiana que quer acabar com o uso de agulhas para vacinação. Ao invés disso, a Vaxxas pretende entregar as substâncias com a ajuda da nanotecnologia.
A companhia criou um dispositivo chamado Nanopatch, que tem o tamanho de um polegar adulto e carrega milhares de pinos revestidos com vacinas que perfuram apenas a camada superficial da pele. O Nanopatch permanece na pele durante cerca de um ou dois minutos sem causar dor.
A camada afectada está carregada de células imunitárias que ajudam o corpo a responder em caso de potenciais infeções; portanto, aplicar vacinas entre elas é uma maneira muito mais eficaz de induzir uma imunização potente, explicou o CEO da Vaxxas, David Hoey.
Em setembro, a empresa conquistou o apoio da OMS pela realização de pesquisas com uso da técnica para vacinação contra a poliomielite. Quando os testes estiverem concluídos, a Vaxxas poderá partir para o trabalho clínico.
A OMS decidiu investir no método porque este pode tornar as campanhas de vacinação mais eficientes. Além de indolor, a Nanopatch praticamente elimina os riscos de contaminação e derruba drasticamente os custos de armazenamento, uma vez que pode durar meses em temperaturas ambiente, enquanto os medicamentos líquidos precisam de refrigeração.