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Patrícia Tavares entre o teatro e a televisão

A atriz, de 37 anos, saltou para as luzes da ribalta há quase vinte anos, quando deu vida a Anabela em “Roseira Brava”. Ainda hoje, o público fala da personagem e para Patrícia Tavares “não há nada melhor do que receber o reconhecimento e o carinho do público”.

De passagem pelo Porto, onde está até hoje, dia 30, em cena com a peça “Boieng Boeing”, com a personagem na qual dá vida à alemã Judith, a estrela da TVI esteve à conversa com a Move Notícias. “A peça está a correr lindamente. Acho que é um espetáculo que o público recebe muito bem, o elenco é muito equilibrado e o público começa a rir no início e acaba a rir no fim, como convém”, contou, bem-humorada. “Boieng Boeing” ainda vai voltar ao teatro da Trindade, em Lisboa, do dia 11 ao dia 28 de dezembro, e apesar de estar a gravar “Jardins Proibidos” a atriz diz que tem sido fácil conciliar as duas atividades. “Tem sido fácil porque a Célia é uma personagem que não grava muito para já”, explicou. Patrícia Tavares diz que a personagem misteriosa da novela da TVI ainda vai trazer surpresas, pois “a história dela ainda está em aberto, tudo é possível”.

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A viver o seu “sonho de menina”, a atriz diz manter os pés bem assentes no chão. “Era um sonho de menina ser atriz. Para mim não comecei cedo, já foi tarde, porque era uma coisa que eu tentava há muito tempo. Aliás, estreei-me com 11 anos na televisão com a série ‘Chuva de Maio’, mas tinha um papel secundário. Como pertencia de certa forma ao mundo do espetáculo, pois já fazia figuração, não vivi muito a fase do deslumbramento. A minha família sempre me ajudou a ter os pés bem assentes na terra e a ter consciência de que as coisas mudam”, revelou.

Como muitos portugueses, Patrícia Tavares tem consciência que “a vida é difícil e pagar as contas é difícil”, alertando para o facto de “nem tudo é cor de rosa na profissão” de ator. É uma profissão “que exige muito trabalho”. “Nunca descansei à sombra da bananeira. Esta é uma profissão em que se tem que trabalhar todos os dias O trabalho de ator não é linear, exige a entrega física e emocional”, explicou, acrescentando que ainda tem “muito que crescer” enquanto atriz. Por isso, sente-se uma privilegiada por poder fazer teatro, cinema e televisão. “Gosto de fazer os três registos, todos eles contribuem para o meu crescimento profissional”, frisou.

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Apesar da exposição pública que a profissão exige, Patrícia Tavares tenta manter a sua vida privada o mais reservada possível. “Sei que as pessoas têm curiosidade e nós temos que contar alguma coisa. Mas não vou contar tudo sobre a minha vida”, comentou. Recentemente, a atriz viveu o lado mais negativo da fama, ao ser perseguida por um homem. O caso foi a tribunal e o indivíduo foi condenado a pagar uma multa e uma indemnização à atriz. Porém, esta diz ainda não se sentir segura: “Não posso acreditar numa justiça com valores monetários, tudo se transforma em dinheiro. Não queria ganhar dinheiro, queria sentir-me segura. Até porque acreditei que era isso que ia acontecer”. Atualmente garante que a situação já não a afeta, mas revelou estar permanentemente em “estado de alerta”.

Mãe de Carolina, de 12 anos, a atriz contou que a filha é a sua maior fã. “Ela segue a minha carreira e é uma filha babada”, confessou, sem esconder o orgulho na adolescente que, segundo amigos próximos, “é uma boa menina e uma aluna brilhante”.

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Fotos: José Gageiro