Quase três casos por dia de infeção por VIH/SIDA foram diagnosticados no ano passado em Portugal, num total de 1.093 situações, o que equivale a uma taxa de 10,5 novas infeções por 100.00 habitantes, segundo um relatório oficial.
O relatório do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) relativo à situação da doença a 31 de dezembro de 2013 refere que 20,7% das situações diagnosticadas nesse ano já se encontravam no estádio SIDA, quando a infeção evolui para doença.
O número de novos diagnósticos em homens foi 2,4 vezes superior ao das mulheres, com a idade mediana à deteção da infeção a ser de 40 anos.
O modo de transmissão mais frequente do VIH foi o contacto heterossexual, referido em 61% dos casos, com a transmissão por relações sexuais entre homens a surgir em 43% dos novos casos. Os homossexuais tendem a ser mais jovens que os heterossexuais à data do diagnóstico, com metade a terem menos de 32 anos.
A transmissão por consumo de droga representou sete por cento dos diagnósticos, segundo o documento revelado hoje pelo INSA.
Quanto aos óbitos, foram notificados 226 mortes ocorridas no ano passado em pessoas com a infeção por VIH, 145 das quais no estádio SIDA.
Entre 1985 e 2013 foram diagnosticados ao todo 47.390 casos de infeção por VIH/SIDA.
No que se refere à infeção nas crianças, desde o diagnóstico do primeiro caso pediátrico, em 1984, foram notificados 479 casos, com igual distribuição entre sexos e com o modo de transmissão mais frequente a ser o contágio mãe-filho.
Ainda assim, desde a introdução do rastreio na gravidez o número de casos diagnosticados “diminuiu continuamente”.