A Torre dos Clérigos, um dosex-líbris da cidade do Porto, vai estar encerrada ao público a partir de segunda-feira e até ao dia 28, no âmbito das obras de renovação que estão a ser realizadas no monumento.
As obras na Torre, que visam “dar mais segurança a quem a visita”, vão também permitir aos turistas ter uma melhor visibilidade sobre a cidade e perceberem, através de leitores de passagem, que edifícios conseguem dali visualizar.
Em declarações à “Lusa”, o presidente da Irmandade dos Clérigos, Américo Aguiar, afirmou que, “por razões de segurança, é necessário encerrar a Torre” durante cerca de duas semanas.
A empreitada prevê a colocação de um piso alterado, “para que os visitantes passem a ter o parapeito das varandas da Torre não ao nível do queixo, como atualmente, mas mais abaixo”.
“Muitos turistas chamaram-nos também a atenção para o problema do espaço grande que existe nos balaustrados da varanda da Torre, pelo que foi decidido colocar um sistema que vai dividir (aquela extensão) e impedir, por exemplo, que uma criança consiga ali passar”, acrescentou Américo Aguiar.
A empreitada prevê ainda “a colocação nos parapeitos de leitores de passagem”, um sistema que vai dar ao turista “o perfil da cidade do Porto, através da catalogação dos edifícios e monumentos” que do alto da Torre se avistam.
Após a empreitada, “a Torre reabre com mais segurança e valências”, concluiu.
As obras nos Clérigos representam um investimento total de 2,6 milhões de euros, comparticipados em 1,7 milhões pelo Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), cabendo os restantes 800 mil à Irmandade dos Clérigos, com recurso a financiamento do programa Jéssica.
Em 2013, a Torre dos Clérigos recebeu cerca de 430 mil visitantes, sendo o custo de entrada de dois euros.
Considerada como um símbolo da cidade, a Torre dos Clérigos, com 75 metros de altura, é uma marca arquitetónica de Nasoni que foi classificada como monumento nacional em 1910.
A reabertura da renovada igreja dos Clérigos está marcada para o dia 12 de dezembro, às 12h00, exatamente 235 anos depois da primeira inauguração.