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Época festiva potencia traições

Nem só de harmonia se vive a quadra natalícia. Segundo o site de relacionamentos extraconjugais Ashley Madison as épocas festivas potenciam as traições. “Períodos prolongados junto à família podem gerar uma pressão enorme em relacionamentos que já estão em crise”, disse em comunicado de imprensa Eduardo Borges, representante do site em Portugal e no Brasil.

Já o fundador do site, Noel Biderman, afirmou que a época de Natal e da passagem de ano deveria ser uma altura em que as pessoas se sentiriam felizes, “mas nem sempre isso acontece”. “Não é por acaso que janeiro é um dos meses com maior taxa de divórcios no mundo”, alertou Eduardo Borges.

Mesmo quando não se chega ao divórcio, a traição pode acontecer. Sobretudo à segunda-feira de manhã, referiu Noel Biderman: “Numa manhã de segunda-feira é fácil alguém acordar e chegar à conclusão que não quer voltar a ter um fim de semana repleto de discussões. Quer, por oposição, paixão e afeto”.

Porém, de acordo com um estudo do mesmo site, as manhãs não são assim tão favoráveis para a traição – a moralidade vai-se perdendo ao longo do dia. Uma pesquisa, que entrevistou 172 mil dos usuários americanos concluiu que estes preferiam trair à quarta-feira à tarde e durante o horário de expediente – 68% das infidelidades teriam lugar no local de trabalho e que demoravam, em média, uma hora e dezassete minutos.

O site existe em Portugal desde 2013 e já conta com 100 mil utilizadores e os responsáveis garantem que é “100% seguro”. Mas Eric Anderson, um professor de masculinidade, sexualidade e desporto na Universidade de Winchester, em Inglaterra, que lidera o gabinete científico do Ashley Madison espiou mais de 4.000 conversas online. O professor pretendia que estudo ajudasse “a deslindar o estrangulamento que a nossa cultura tem sobre sexo e amor”.

O estudo concluiu que as mulheres entre os 35 e 45 anos estudadas procuram relacionamentos extraconjugais porque querem mais romance, paixão e sexo, mas não se querem divorciar dos maridos. “Ser feliz no casamento é muito diferente de ser feliz na cama”, apontou Eric Anderson. “Os nossos resultados não refletem desarmonia no casamento, mas uma monotonia em termos sexuais que é um facto social das relações monogâmicas de longo prazo”, acrescentou.

Por isso, o investigador concluiu: “É muito claro que o nosso modelo de ter sexo e amar apenas uma pessoa para o resto da vida falhou e falhou redondamente”.

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