A irmã do rei de Espanha vai pagar na próxima semana os quase 600 mil euros que o Ministério Público exige pela sua responsabilidade no caso Nóos, anunciou o seu advogado. Miquel Roca disse este domingo em Barcelona, que “na segunda-feira ou o mais tardar no início da semana”, entregará em tribunal os 587.413 euros que o Ministério Público exige, como beneficiária dos lucros atribuídos ao seu marido, Iñaki Urdangarin, acusado de crimes fiscais.
Este montante é metade dos fundos que, segundo a acusação, entraram ilegalmente na empresa Aizoon, detida pela Infanta Cristina e o seu marido, destinados a despesas pessoais. O procurador do Ministério Público, Pedro Horrach, considerou que a irmã do rei, apesar de não saber da origem ilícita de parte dos fundos que Aizoon recebeu, “beneficiou” deles, porque o marido os usou para pagar serviços e fornecimentos de cariz pessoal e familiar.
O procurador, no entanto, em troca, pediu ao juiz de Palma de Maiorca, que está a investigar o caso, José Castro, que não leve a infanta à barra do tribunal, porque não há indícios para a acusar. Para o marido da infanta, Iñaki Urdangarin, duque de Palma, a acusação pediu uma sentença de 19 anos e meio de prisão e o pagamento de 3.500.000 de euros, pelo desvio de recursos públicos através de vários alegados crimes de corrupção, fraude fiscal e lavagem de dinheiro, noticiou a Efe.
Para o seu ex-sócio, Diego Torres, a acusação pediu 14 anos e meio de prisão, e para a sua mulher, Ana Maria Tejeiro, dois anos de prisão por lavagem de dinheiro e a devolução de 1.144.240 euros.